Nova Escola, revista especializada, evidencia que só o
Piauí e RR terão parentes comandando a área
A revista Nova Escola, da Editora Abril, uma das mais
respeitadas publicações sobre Educação do País, traz neste início de ano
letivo, como faz questão de enfatizar, uma radiografia dos 27 secretários de
Educação estaduais, e reforça a imagem negativa que o Piauí tem lá fora ao
divulgar que a pasta piauiense, ao lado da roraimense - cuja nomeada é irmã da
governadora Sueli Campos -, serão comandadas por “parentes” dos governadores
eleitos.
Rejane Dias é apresentada como uma agente pública “formada em administração e
deputada federal mais votada do Piauí em 2014 (...), esposa do governador
Wellington Dias”. Para uma publicação especializada neste ramo, um dos que mais
deveriam ser levados a sério no país - porque é capaz de acabar com muitas
mazelas -, essa prática é um gesto desonroso sem tamanho para com a área.
ALÉM DE PARENTE, NÃO É ESPECIALISTA. É POLÍTICA
O levantamento, na verdade, chama atenção para o fato de “apenas 15 dos 27
nomeados possuírem algum tipo de formação (graduação ou pós-graduação) em
cursos ligados à Educação”, e Rejane Dias, claro, não está incluído neste rol
de acadêmicos da área em questão. Não que ser especialista seja determinante,
mas tendo experiência na área educacional e sendo um bom gestor - preparação
rara no Piauí -, deveria ser preocupação primeira.
“Embora não haja exigências legal desse requisito [ter cursos ligados à
Educação], o dado é revelador dos critérios de seleção do cargo e de um certo
desprestígio da área”, crava a Nova Escola. No texto em evidência, o
especialista da Universidade Estadual Paulista (Unesp) sustenta que “a
principal motivação da indicação é política”. É o que aconteceu com Rejane
Dias, que não é especialista na área, é mulher do governador e foi escolhida
por critérios políticos.
Outro dado assustador é que a maioria dos escolhidos não tem experiência em
sala de aula. Só 10 dos 27 secretários de Educação que atuarão nos estados
brasileiros deram aula na Educação Básica. Para João Filho também é necessário
“conhecer os problemas da pasta, saber como resolvê-los e escolher uma equipe
capacitada”.
PORÉNS...
Rejane Dias, no entanto, conseguiu por na pauta das discussões prioritárias do
Estado as questões ligadas às pessoas com necessidades especiais. Executando um
trabalho digno de reconhecimento.
Outro fator relevante é que há exemplos no país de gestores públicos com
formações diferenciadas da área de atuação que deixaram bons legados na pasta
que ocupavam.
Um deles é o do senador José Serra (PSDB), economista, no tocante à questão dos
genéricos e que foi Ministro da Saúde.
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