Planalto preocupado
Depois das vaias de ontem, a grande preocupação agora do Palácio do Planalto é a ida de Dilma Rousseff a Belo Horizonte, na sexta-feira.
Primeiro, porque o evento é ao ar livre – o que comporta riscos obrigatoriamente maiores.
Em segundo lugar, porque apesar de Minas Gerais ter hoje um governo
petista, Dilma perdeu em Belo Horizonte, ainda , portanto, uma cidadela
aecista.
E, finalmente, porque há o medo do efeito viral da vaia de ontem, numa semana que começou com panelaço.
Embora a viagem esteja confirmada, o governo não descarta a possibilidade de se repensar a agenda.
Pior momento
Depois de uma estreia retumbante, em que liderou a audiência e registrou dezessete pontos, Gugu
ontem alcançou o seu pior desempenho desde que voltou ao ar pela
Record, há duas semanas. De acordo com números prévios do Ibope para a
Grande São Paulo, Gugu obteve cinco pontos, contra (no mesmo horário)
quatro pontos de Ratinho e 26 pontos da Globo.
Rico contra pobres
Desde o domingo do panelaço, o PT e os que dão eco ao partido nas redes sociais passaram a repetir um mantra: o panelaço é coisa dos ricos; os pobres não se manifestaram no domingo.
Novamente, o PT bota em cartaz o velho filme dos ricos contra os
pobres. É um discurso que costuma unir o PT. Já deu certo muitas e
muitas vezes, apesar de mentiroso.
Agora, esse discurso será intensificado para tentar combater as manifestações do dia 15.
Beleza. Cada um tem sua arma.
A questão aqui é que dessa vez esse discurso tem um ingrediente muito
diferente – e o Palácio do Planalto sabe disso. As pesquisas de opinião
a que o Planalto tem tido acesso revelam que Dilma Rousseff é dona hoje
de um índice de confiança no seu governo um pouco abaixo do que
Fernando Collor tinha em seu pior momento – e Collor, perto de ser
apeado do poder teve os piores números de pesquisas entre todos os
presidentes desde o fim da ditadura.
Não dá, portanto, para dizer que o que se trava hoje é uma luta de
pobres contra ricos com os números que se tornarão públicos no fim do
mês, quando for divulgada a nova pesquisa CNI-Ibope.
Mas até lá, o PT vai insistir neste discurso. Depois, é melhor procurar outro.
Menos espuma
A produção de cerveja caiu no Brasil me fevereiro.
De acordo com números do Sistema de Controle de Produção de Bebidas
(Sicobe) da Receita Federal, a produção no mês foi de 1,15 bilhão de
litros, 1,3% menos que em janeiro, quando os termômetros passavam os 40
graus e o Carnaval se aproximava.
Em relação a fevereiro de 2014, mês que antecedeu o Carnaval, a queda é mais expressiva: 6%.
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