A Região Nordeste registrou no primeiro
trimestre do ano a maior taxa de desemprego do país, com 9,6% de pessoas
desocupadas. O resultado é 1,7 ponto percentual superior à taxa média
de desemprego do país, que fechou os três primeiros meses do ano em
7,9%.
A menor taxa de desocupação foi
registrada na Região Sul, com 5,1% da população em idade ativa
desempregada. Entre as unidades da Federação, o Rio Grande do Norte
registrou a maior taxa de desemprego (11,5%) e Santa Catarina, a menor
(3,9%).
Os dados constam da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), divulgada
hoje (7), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
que, pela primeira vez, traz as informações completas sobre o mercado de
trabalho para Brasil, grandes regiões e unidades da Federação.
As
análises do IBGE apontaram diferenças significativas na taxa de
desocupação entre homens e mulheres, comportamento verificado também nas
cinco grandes regiões. Pelo estudo, no primeiro trimestre, a taxa de
desocupação para os homens foi estimada em 6,6%, enquanto para as
mulheres este percentual ficou em 9,6%.
De
janeiro a março, o nível da ocupação dos homens foi estimado em 67,4% e
o das mulheres, em 45,9%. “Este comportamento diferenciado deste
indicador foi verificado nas cinco grandes regiões, com destaque para o
Norte, onde a diferença entre homens e mulheres trabalhando foi a maior
[69,5% para homens e 42,8% para mulheres], e a Sul com a menor diferença
[70,5% para homens e 51,3% para mulheres]”, enfatizou o instituto.
Entre
os jovens de 18 a 24 anos de idade, a taxa de desocupação ficou em
17,6%, patamar elevado em relação à taxa média total (7,9%). O alto
índice de desemprego nesta faixa etária foi observado tanto para a
média no Brasil quanto para as cinco grandes regiões.
Já
o nível da ocupação do grupo etário de 25 anos a 39 anos foi estimado
em 74,9% e para o grupo etário de 40 anos a 59 anos, em 69,3%. Entre os
jovens de 18 anos a 24 anos, esta estimativa é 56%. Entre os menores de
idade, de 14 anos a 17 anos, a estimativa chega a 15,4%, enquanto para o
grupo com 60 anos ou mais, 22%.
Em
uma análise que considera o grau de instrução do brasileiro, os números
revelam que a taxa de desocupação para o contingente de pessoas com
ensino médio incompleto (14%) foi superior à verificada entre os demais
níveis de instrução. Para o grupo de pessoas com nível superior
incompleto, a taxa foi estimada em 9,1%, praticamente o dobro da
verificada para aqueles com nível superior completo (4,6%).
Os
dados da Pnad Contínua revelam uma tendência: nos grupos com níveis de
instrução mais altos, a taxa de ocupação é mais elevada. No primeiro
trimestre, o grupo das pessoas com nível superior completo registrou
nível de ocupação de 78,6%, enquanto no grupo de pessoas sem nenhuma
instrução o percentual de ocupação caiu para 30,9%.
Fonte: Agência Brasil
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