Do lado de fora do Congresso Nacional ontem, servidores da segurança pública do DF e de 12 estados manifestavam por melhorias, já dentro da Casa, deputados faziam farra com o dinheiro dos impostos pagos pelo trabalhador brasileiro.
Enquanto o país deveria cortar os gastos, discutir o reajuste fiscal e destinar verbas para escolas e hospitais públicos em situações deploráveis, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), autorizou um pacote de bondades para os nobres colegas, que somente este ano custará R$ 112,7 milhões.
A bondade eleva o valor reservado aos privilégios dos companheiros de Cunha, a R$ 219 mil por deputado. Uma prática que havia sido proibida em 2009, volta ao cenário, o pagamento de passagens para mulheres dos deputados.
Os mimos aos parlamentar passarão a valer a partir do dia 1º de abril, e é verdade, não é folclore.
Despesa milionária
Confira a estimativa do impacto das bondades anunciadas pelo presidente da Câmara
Auxilio-alimentação
(ultimo reajuste: 29/01/2014)
De: R$ 784,76 para R$ 845,40 por parlamentar
R$ 373,3 mil anuais a mais
Cotão
(Ultimo reajuste: 18/12/2013)
De R$ 33.010,31 (média) para R$ 35.888,20
R$ 19,5 milhões anuais a mais
Auxílio-moradia
(último reajuste: 21/03/2013)
De R$ 3,8 mil para R$ 4.272,99
R$ 1,112 milhão anuais a mais para 196 deputados*
Verba do gabinete
(último reajuste: 26/7/2012)
De R$ 78 mil para R$ 92,05 mil
R$ 129,76 milhões anuais a mais
Total: R$ 150,71 milhões anuais a mais (R$ 112,75 milhões em 2015)
Fonte: Correio Braziliense
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