A Justiça determinou a quebra do sigilo fiscal e telefônico de José Martinho Ferreira de Araújo, primo do governador Wellington Dias, que transportava R$ 180 mil de Brasília com destino ao Piauí a 25 dias das eleições do ano passado. O pedido foi realizado pelo Ministério Público na ação que investiga suposta compra de votos que teria como principal beneficiado Wellington Dias (PT).
Wellington Dias e seu primo José Martinho |
Na ação empreendida pelo procurador Kelston Lages, ele cita que as investigações revelam abuso de poder econômico mediante movimentação ilícita de recursos. “Os fatos descritos, consistentes na apreensão de R$ 180 mil em veículo de propriedade do Sr. José Martinho Ferreira de Araújo, denotam abuso do poder econômico mediante a movimentação ilícita de recursos para financiar o esquema de captação ilícita de sufrágio revelado nas apurações”, diz a ação.
De acordo com as informações divulgadas no despacho do desembargador Joaquim Santana, os dados encaminhados pela Secretaria da Receita Federal devem ocorrer sob sigilo para evitar que sejam tornadas públicas as informações as quais dizem respeito ao direito de privacidade dos envolvidos. “Sendo encaminhados pela Secretaria da Receita Federal documentos decorrentes de quebra de sigilo fiscal, tem-se como corolário a determinação de tramitação do processo em segredo de justiça, a fim de evitar que sejam tornadas públicas as informações em questão que dizem respeito do direito de privacidade da parte”, diz a decisão.
No pedido de quebra telefônico, Kelston Lages explica que a medida seria essencial para conhecer quem teve contato com o motorista durante os 30 dias do mês de setembro.
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