O Estado do Piauí possui 14 unidades prisionais. A capacidade total de presos nessas penitenciárias é de 1600 pessoas, no entanto, atualmente, esse número é de 3.600, mais que o dobro. São 2 detentos por vaga. Como se não bastasse a superlotação, um relatório do Sinpoljuspi mostra as penitenciárias com problemas estruturais e administrativos. O assunto foi discutido hoje (4) no Ministério Público Estadual.
"Nós temos problemas na estrutura das paredes, onde se fazem túneis. Há infiltrações de água, problemas elétricos, hidráulicos", afirma Kleiton Holanda, diretor do Sindicato.
Na Casa de Custódia, por exemplo, 880 presos dividem as 336 vagas disponíveis. Em Picos são 140 vagas e 420 detentos. Mesma situação em Floriano, que possui capacidade em sua penitenciária para 190 pessoas e possui 300. Em Parnaíba, a situação é ainda pior: 120 vagas e 420 presos.
De acordo com o Sinpoljuspi, 65% dos presos são provisórios. O sindicato reclama ainda a contratação de 600 agentes penitenciários. "A retomada de algumas obras anunciadas pela Secretaria de Justiça surtirão efeitos, mas agente sabe que em curto prazo isso não é possível", conta Vilobaldo Carvalho, presidente do Sinpoljuspi.
José Airton Medeiros, juiz auxiliar corregedor, garantiu que, ainda este semestre, mutirões serão realizados para desafogar o acúmulo de processos. "Queremos instruir e julgar o maior número de processos de presos que pudermos", disse.
O secretário de Justiça, Daniel Oliveira, afirmou que novas vagas serão criadas no sistema prisional do estado com as intervenções que serão feitas. "É possível que, com a retomada das obras de dois pavilhões da Casa de Custódia, nós possamos avançar para novas vagas", declarou.
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