O Partido
Socialista Brasileiro (PSB) e o Partido Popular Socialista (PPS) informaram nesta
quarta-feira (29) que decidiram se fundir. O anúncio foi feito pelos
presidentes das siglas, Carlos Siqueira, do PSB, e Roberto Freire,
do PPS, durante entrevista coletiva na Câmara dos Deputados.
As conversas sobre a fusão das
legendas tiveram início em 2014, entre Eduardo Campos, que era do PSB, e
Roberto Freire. O processo de aproximação ficou claro quando o PPS participou
da coligação que lançou a candidatura de Eduardo Campos à Presidência e apoiou
a candidatura de Marina Silva.
Com a união dos partidos, a
nova egenda terá 7 senadores, 45 deputados federais e três governadores,
segundo dados dos partidos.
Ainda não foi
definido qual será o nome do partido a ser formado. A proposta do PSB é que o a
nova legenda se chame “PSB 40”. “Não se deve mudar marca que está dando certo”,
defendeu Carlos Siqueira. Ele ponderou, entretanto, que o fato de um partido
ser menor que o outro não deve implicar "subordinação".
Roberto Freire disse que o nome
do partido é uma questão que “evidentemente” ainda será discutida, mas
minimizou esse debate. “Temos também algumas propostas a fazer. Mas isso não
será impedimento para algo muito maior que se está construindo. É o programa
que vai caracterizar o novo partido”, afirmou.
Prazos
Freire afirmou que o processo
de fusão irá se iniciar e que o partido estará “pronto” até o mês de junho.
Segundo ele, a dinâmica será “sem muito atropelo”. Ele explicou que a proposta
de fusão deve ser decidida pelas direções nacionais, nos congressos nacionais
dos partidos.
“Esses processos
terão que ser decididos em congressos extraordinários. Tem que ver os prazos de
convocação dos congressos para fazer definição de datas. (...) Precisamos estar
prontos com isso para que se prepare para eleições do próximo ano. Até outubro,
antes disso, estaremos com partido pronto. Não passa do mês de junho”, disse.
Segundo Carlos Siqueira, a
intenção da fusão é, num momento em que há “desgaste profundo”, criar uma nova
força política, que atualize discursos e práticas. Siqueira afirmou que, na
reunião da executiva nacional do PSB, realizada nesta quarta-feira (29), a
aprovação da proposta de fusão com o PPS foi “praticamente unânime”, com apenas
um voto contrário.
“Temos a decisão firme,
determinada, de levar adiante, de iniciar um processo de fusão entre essas duas
instituições históricas”, disse. Ele disse que os dois partidos nasceram da
esquerda democrática.
Para Freire, a fusão, quando
realizada, mudará a correção de forças do País. Ele reconheceu que há
assimetrias e divergências nos dois grupos, mas lembrou que as legendas
estiveram juntas nas últimas eleições presidenciais.
Questionado sobre se o novo
partido terá uma posição de independência ou de oposição, Freire respondeu:
“Você dê o nome que você quiser, porque o PSB é independente, nós (PPS) somos
oposição. Agora, não somos governo”.
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