A equipe econômica do Governo do Estado recomendou ao governador Wellington Dias não nomear ninguém, suspender qualquer concurso e parcelar as dividas da gestão anterior durante todo este ano. As obras ainda terão um ritmo reduzido e o prazo de conclusão prolongado por falta de recursos.
O secretário de Fazenda, Rafael Fonteles (foto), afirmou que o governo herdou uma divida de R$ 500 milhões da gestão anterior e teve que negociar o pagamento parcelado com fornecedores, mas, agora, a conjuntura econômica é diferente. Segundo ele, a crise econômica agravou o problema.
“A equipe técnica propôs o alongamento maior para as obras, devido a crise. E sugeriu ao governador a redução da parcela do pagamento dos débitos anteriores e a suspensão de contratações e concurso durante este ano. Mas a decisão é dele”, adiantou Rafael Fonteles.
Além destas medidas, a equipe econômica ainda vai arrochar mais o cinto nas despesas de custeio e manutenção de todos os órgãos do Estado. Segundo ele, o estado está tendo cerca de R$ 15 milhões para fazer todos os investimentos, e, mesmo assim, este valor está comprometido com os reajustes salarial de várias categorias.
As obras não vão parar, mas devem ter um ritmo reduzido e um prazo maior para conclusão, devido a escassez de recursos. O secretário ainda falou de um contingenciamento em custeio e manutenção. As despesas devem ser reduzidas em todas as pastas. E os pagamentos serão parcelados sempre que possível. “Temos que fazer isso para termos condições de fechar o ano e mesmo assim com muita dificuldade”, assinalou.
Nas contas de Rafael Fonteles, os reajustes somente no mês de maio são de cerca de R$ 17 milhões por mês, mas ainda tem reajustes a serem concedidos nos meses de agosto, outubro e novembro. A proposta do governo foi parcelar estes reajustes. “A opção foi conceder metade em maio e a outra metade em janeiro, porque são os meses melhores. Em maio já tem o reajuste previsto. Em dezembro é o pior mês, porque tem a folha do 13º e em janeiro é melhor, porque o sistema ainda está travado no inicio do ano”, explicou o secretário.
O Governo ainda espera pode se recuperar com a aprovação do pacote econômico que passará a vigorar a partir do próximo mês. O objetivo do governo é recuperar crédito com medidas com o refinanciamento de dividas, inscrição do CPF na Nota Fiscal e outras campanhas para aumentar a arrecadação própria e não depender tanto do repasse do Fundo de Participação do Estado.
“Pedimos a compreensão de todos, porque estamos vivendo uma conjuntura econômica diferente da que foi projetada e a crise econômica afeta a todos. Estamos fazendo o que é possível e negociando aonde dá”, finalizou o secretário.
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