O presidente da CPI da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), anunciou que a comissão deve votar o relatório final até o dia 22, o que significa que a CPI, que tem prazo regimental de funcionamento até o dia 23, só será prorrogada se o Plenário da Câmara aprovar requerimento neste sentido.
Ele disse que o relator da comissão, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), deve apresentar o relatório final até o dia 21, de modo que a CPI obedeça o prazo regimental de duas sessões do Plenário para votá-lo.
Na última reunião da CPI, deputados de vários partidos manifestaram a preocupação de que o depoimento do presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, marcado para hoje, fosse o último da comissão.
Deputados do Democratas, PPS e Psol defendem a prorrogação dos trabalhos, a convocação de mais depoentes e o aprofundamento das investigações, mas o próprio relator da comissão, Luiz Sérgio, se mostrou contrário à prorrogação.
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) apresentou requerimento à Mesa Diretora da Câmara, pedindo a prorrogação dos trabalhos da CPI por mais 120 dias. Em sua justificativa, ele argumentou que “a presente Comissão ainda tem por realizar importantes oitivas, fundamentais para o esclarecimento dos fatos que vem sendo apurados, tais como as de Milton Pascowitch, Ricardo Pessoa, Fernando Baiano, Nestor Cerveró, Fernando de Moura e Pedro Correa”.
Para que a CPI seja prorrogada, o requerimento tem que ser aprovado no Plenário da Câmara, depois que o presidente da Casa, Eduardo Cunha, colocá-lo em pauta.
O deputado Ivan Valente (Psol-SP) defende a prorrogação dos trabalhos. “Não ouvimos nenhum dos políticos investigados pela Operação Lava Jato”, disse.
“O foro que vai decidir se a CPI será prorrogada ou não é o Plenário. Se os líderes dos partidos entenderem que os trabalhos devem ser prorrogados, vamos cumprir”, disse o presidente da comissão.
Fonte: Câmara Federal
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