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sábado, 7 de novembro de 2015

Piauí teve 53 assassinatos em outubro, aponta Sinpolpi


Um levantamento divulgado pelo Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Piauí no início da noite desta sexta-feira (6) aponta que, entre o dia 1º e 31 de outubro deste ano, ocorreram 53 assassinatos no Estado, número que, segundo a entidade, revela "um substancial aumento da violência nos últimos três meses". O número é 10% maior que a quantidade de homicídios do mês anterior - setembro. 

Do total de assassinatos, 20 ocorreram na capital, enquanto os 33 restantes foram registrados nos demais municípios piauienses.

A pesquisa feita pelo Sinpolpi também aponta que cerca de 25% das vítimas de assassinatos eram detentos, ex-detentos, menores infratores, usuários de drogas ou pessoas suspeitas de terem cometido crimes graves, como homicídio e tráfico de drogas. Para o sindicato, isso mostra que "as autoridades precisam rever com urgência a política de ressocialização de presos".

As armas de fogo continuam no topo da lista de instrumentos mais utilizados para cometer os crimes, abrangendo 29 casos. Em seguida, aparecem as armas brancas, com 18 ocorrências.

A zona sul destaca-se como a mais violenta de Teresina, com oito homicídios em outubro. Em seguida aparecem as zonas leste, com cinco crimes; sudeste, com quatro; e norte, com três assassinatos.

Sindicato aponta falta de investimento na segurança pública

O presidente do Sinpolpi, Constantino Júnior, volta a alertar para o crescimento da violência no interior do Estado, e diz que isso se deve à escassez de recursos destinados pelo Governo do Piauí para a segurança.

"Falta investimento por parte do poder público estadual. A maioria das delegacias do interior funciona precariamente, com apenas um policial civil e, às vezes, apenas um policial militar, a quem compete o trabalho de prevenção da criminalidade", adverte o sindicalista.

O Governo do Estado destinou para a segurança pública, no Orçamento Geral de 2016, R$ 2 milhões a menos do montante que foi reservado para o setor no ano de 2015. A queda de receitas provocou uma enxurrada de críticas de parlamentares e de autoridades que atuam no setor.

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